De: Manuel Cardoso Ferreira, Sócio 1198, e membro do Lonsemo OM//C/ .«,, Para: Conselho Superior
Relativamente ao "Passa-Palavra, Jornal dos Comandos de Portugal", assim auto designado no sítio http://www.comandosdeportugal.net/, levo ao conhecimento dos ilustres Conselheiros o seguinte:
1°- Quem percorrer os conteúdos deste "site", e logo na primeira página, constata a afirmação de "este jornal foi feito para vós", que é o jornal dos comandos e para servir os comandos (Doe 1). É usada a nossa simbologia, e, não é referido que o "site" não é oficial. São apresentados conteúdos publicitários -com intuitos comerciais, são oferecidos outros "links", e é feita publicidade e divulgação a outros "sites "-também comerciais e pagos, (Doe 2).
São apresentados conteúdos de índole informativa, uns transcritos de OCS outros elaborados pelos colaboradores do "site". São também veiculados artigos de "intervenção", que no seu cerne se podem caracterizar como de índole política, que não só de carácter "cívico", desconhecendo-se qual a estratégia editorial... Alguns conteúdos reflectem uma postura de uma certa cobertura às reivindicações sindicais policiais, ao associativismo (por enquanto só o policial?), artigos do género "carta aos chefes militares" (!), a entidades públicas, etc, (Doe 3).
Que se saiba, nenhuma das entidades - Centro de Tropas Comandos e Direcção Nacional da Associação de Comandos, mandatou os responsáveis do "site"para a execução deste trabalho, e, pelo contrário, têm manifestado repulsa e muita incomodidade.
2°- Embora os responsáveis do "site" afirmem que não publicarão artigos que " ofendam a condição humana e/ou afrontem a dignidade das pessoas e o Código Comando" (Doe 4), isso não tem acontecido, nunca.
Pelo contrário têm sido postos a circular artigos que constituem verdadeiros atentados à honra e dignidade das pessoas, denunciando da parte de quem os assina e/ou deixa publicar, falta de coragem moral e física, atitudes revanchistas nomeadamente à pessoa do Presidente da Direcção Nacional e nem só (Doe 5).
Se os subscritores dos artigos discutissem ideias, estratégias falhadas, objectivos não cumpridos, factos associativos negativos, poder-se-ia compreender. Mas não tem sido essa a prática. Mais grave se torna quando algumas destas missivas são depois enviadas a alguns sócios, juntamente com a documentação relativa à campanha eleitoral em curso como anexos.
Uma das últimas deste "site", foi o artigo (Doe 6), assinado pelo Tenente Coronel de Artilharia (no Activo) Sérgio Falcão, em que depois das habituais lucubrações sobre diversos assuntos, termina chamando "invertebrados", "acéfalos", "mentecaptos" "carreiristas", a todos os que pugnaram pela reactivação da especialidade Comando, Instituição Militar incluída...Como é? Este Conselho vai ficar calado?
Eu, que nas anteriores Direcções (com o Vítor Ribeiro) detinha o pelouro da "reactivação", pela qual toda a Associação lutou e se empenhou, (...), vou ter que me organizar...
3°- Por fim e circunscrevendo-me agora e apenas às consequências para a Associação da realidade provocada pela actuação deste "site", manifesto a este Conselho a seguinte convicção:
Existem demasiadas pessoas (23.193 visitas, até hoje às 16HOO) que estão a acompanhar e consultar os conteúdos e os artigos lá publicados: comandos (poucos pelo que se sabe), nossos amigos, conhecidos, adversários e inimigos.
Pelos artigos já referidos - e esses constituem verdadeiramente o que é procurado, está a ser construída uma imagem que não abona nada aos superiores interesses da Associação. Porque induz no exterior a ideia de que: "afinal eles estão divididos, é só roupa suja, podres, contas e dinheiros públicos delapidados, pessoal a tirar dividendos e a enriquecer, o Presidente deles é isto e aquilo, fulano é assim, sicrano é assado, etc, etc".
Em suma, este site, os seus patrocinadores, apoiantes e ideólogos estão a prestar um mau serviço à Associação. Considero mesmo que configura um crime de "lesa-pátria".
Porque, até agora, valíamos pela imagem que granjeamos junto da sociedade civil e militar: de unidade, de espírito de corpo, camaradagem, frontalidade e confrontos pessoais resolvidos pelo contacto pessoal e não escondidos cobardemente atrás de um computador, de prática dos preceitos do Código Comando, etc.
Uma Instituição que valia por ser fechada em si mesma, quase tipo "seita", e que nos permitiu até agora actuar sempre usando o princípio da "surpresa" para conseguirmos os nossos objectivos. Fomos sempre ganhadores nas causas por que nos batemos.
Assim, e tolerando "nabices" destas estamos a dar o flanco. E, o que pode ser decisivo e crítico em futuras "causas", damos trunfos gostosos e preciosos aos nossos inimigos e adversários, que ainda por aí andam. (Mas, eu sou dos que penso que o inimigo está sempre dentro!)
Por outro lado, sabemos que a imagem veiculada não corresponde à realidade, pois a nossa Associação, embora com os defeitos que todos nós lhe conhecemos, no que é essencial e constitui o nosso cerne, está coesa e unida.
Pelo exposto, coloco o assunto à consideração dos ilustres Conselheiros, propondo que, na observância do constante nos Estatutos da Associação, no que ao Conselho Superior diz respeito no capítulo da "perenidade", pelo exposto nos Parágrafos 2° e 3°, mas especialmente pela realidade exposta no 1°, seja produzida uma recomendação/parecer/conselho, tendente a minorar /impedir/corrigir a realidade descrita.
Lisboa, 22 de Fevereiro de 2007
Comentário de Alf.RC Infª Cmd Paulo Jorge Duarte Garcia NIM 11986789
Meu Caro Coronel.
Na qualidade de "reles" ( termo vulgarmente utilizado pelos militares do quadro que nunca respeitaram os contratados no RCMDS) Alferes Contratado que serviu os Comandos e Portugal durante 40 meses de 1989 a 1992 e possuidor de 2 míseros louvores e sendo respeitado por diversos militares que serviram os Comandos, desde Praças, Sargentos e Oficiais, porque a minha formação assim o exige, venho por este meio neste "MEU" blog apresentar a minha veemente repulsa pela sua informação acima descrita, e porque:
1 - Desde que o silêncio imperava e que a especialidade Comando parecia um acto marginal, todos vergavam a cabeça perante a instituição e seus comandantes. Não era por acaso que me chamavam "Contestatário" no RCMDS. Contestava não porque me estava no sangue, mas sim porque acredito, que as instituições são feitas por Homens e para Homens.
2 - Tenho o maior respeito por todos os militares sejam eles superiores ou subalternos, e a minha presença no RCMDS foi prova disso. Hoje convivo com oficiais superiores tal como com Soldados, pois não faço distinção, dou-me com quem me sinto bem e não com quem parece bem.
3 - Sou associado da A.Comandos nº 4106, tenho as minhas cotas em dia, uso na minha viatura pessoal, os cratchás dos Comandos e da Associação. Tenho diversos quadros e referências aos Comandos tanto em casa como no trabalho.Tenho um "orgulho do caraças" de pertencer a este corpo militar.
4 - Agora não pactuo com indiferença, com desleixo, com ignorância e acima de tudo com falta de respeito, por pessoas, que finalmente, traduzem por escrito, a liberdade que lhes é atribuida por dar a sua opinião sobre algo que lhes diz respeito.
5 - Lamento meu Coronel, que lhe faça confusão, a coragem dos camaradas que aqui escrevem sem "pedir autorização" mas é esta a força do povo, dos Comandos que não desejam que caía na rua, a melhor das virtudes de um militar Comando.
6 - Meus Amigos, em nome dos Comandos, Portugal e da liberdade de expressão, não tenham vergonha da vossa conduta, e dou-vos a minha total solidariedade, e não desistam, pois um verdadeiro Comando não conhece essa palavra.
7 - E meu Coronel, peço-lhe que analise melhor a situação, antes de escrever, pois as desculpas evitam-se, não se pedem.... Mama Sume
3 comentários:
Grato Paulo por neste teu blog e no Passa-Palavra teres tido o cuidado de responderes "à letra" a quem se julga do dono da rua, dos quarteis , da associação e principalmente, do crachá e da especialidade. São mentalidades como esta que se devem combater, se possível mudar, mas nunca permitir no nosso seio.
Abraço do teu camarada e amigo
Mama Sume!
Magno
Caro amigo e camarada Paulo Garcia,
agradeço o teu texto e o teu inquestionável apoio à verdade e à amizade.
Já sinto a falta
Da vossa companhia,
Da vossa amizade nata,
Da vossa sabedoria.
Parto em descanso
Bem acompanhado
Eu e mulher, só
Coesos no amor.
Fica o Bruno filho
Na Apúlia, com amor,
Sempre aquele brilho
De um especial calor
Carente de amor.
Depois de oito dias
Aqui trarei,espero, alegrias!
Mário Relvas
25 de Março 2007
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